O Rio Grande do Norte foi surpreendido com a decisão da Inframérica de fazer a devolução do primeiro aeroporto do país a ser licitado no modelo de concessão, como foi o caso do nosso terminal de São Gonçalo do Amarante/RN.
A empresa alega que está trabalhando com prejuízos e que as previsões do estudo de validade econômica, previa em 2019, que teríamos cerca de 4,4 milhões de passageiros embarcando, enquanto que na prática foram somente 2,3 milhões no período. Argumenta também que, os preços são 35% mais baixos das taxas de embarques do aeroporto, por outro lado, custos elevados de operações da torre de controle de voos, em comparação a outros terminais do país.
Assim, contra fatos e os muitos números não há argumentos que tire o direito líquido da empresa argentina que também administra com alta rentabilidade o aeroporto de Brasília/DF, de fazer a devolução legal do mesmo aos Governo Federal.
Embora para os usuários, os impactos imediatos serão mínimos. Lamentamos o desgaste para nosso Estado, pois o futuro da administração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN, com mercado em baixa rentabilidade, para efeito de nova licitação, daqui há uns 18 a 24 meses pode haver dificuldade.
A constatação do fracasso parcial do nosso aeroporto, em que pese a crise econômica e a nova década perdia da economia nacional constada, agora ao final de 2019, é uma prova cabal das decisões equivocadas do maior investimento do Governo Federal no território potiguar dos últimos anos.
Há anos que, como economista criticamos a posição insana das mudanças do endereço nobre geográfico da localização do nosso aeroporto de Parnamirim/RN, ainda que o mesmo, tenha recebido 17 milhões de novos investimentos às véspera do seu fechamento, mesmo tendo sido classificado como um dos melhores aeroporto do Brasil.
Em que pese, que de fato, a construção do novo terminal tenha trazido bons e merecidos investimentos para a nossa dinâmica região da zona norte até Ceará-Mirim/RN, mas, a nossa restrição é ao custo de oportunidade de elevada e a localização duvidosa, justificada par ser um HUB, que nunca decolou.
Devolução já decidida. Resta-nos unir forças de toda a sociedade civil, com entidades e a política potiguar, para mitigar os efeitos do referido anúncio, na certeza que o Governo Federal vai abrir novo edital mais compatível as realidades do mercado da aviação civil. Temos que ficar atentos para conste no edital atratividades e incentivos para que conste no edital atratividades e incentivos para resgate da ideia inicial da qual ele foi formatado, para ser um HUB de passageiros e de cargas.
Embora o momento exija cautela e vigilância, mas nada muda em relação ao funcionamento do nosso aeroporto até a próxima licitação. Na torcida temos que ficar para que venha uma empresa mais parceira do nosso estado, já que a Inframerica na prática, nunca demonstrou muita atenção ao RN, concentrando as prioridades da sua gestão ao terminal de Brasília.
Conclamamos a todos unidos a reavaliar os mecanismos de incentivo da promoção do nosso turismo e em busca de renovação das nossas muitas atratividades turísticas, dando a devida prioridade ao nosso turismo, onde juntos governos, prefeituras e a sociedade civil organizada, possam fazer desde fato, uma alavanca para dinamizar a nossa indústria turística vocação natural do nosso estado.
Ricardo Valério Costa Menezes
Presidente do Corecon-RN