O BRASIL PRECISA MUDAR DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS PARA O FERROVIÁRIO

Por Ricardo Valério

Um vídeo, que anda nos últimos dias circulando pela internet, impressionando a todos pela a sua grandeza de transporte de carga racional e econômica, é de um trem que viaja da China para a Alemanha através do Cazaquistão, Rússia, Bielorrússia e Polônia, numa distância de 10.214km. A linha férrea começou a operar no dia 13 de junho do ano passado, puxando 200 vagões, mas com previsão para suportar até 300. O tempo da viagem é de 14 dias. Se for por navio, leva cerca de 60 dias. São 4 motores para puxar os 200 contêineres. 

É um espetáculo de solução racional e exemplo a ser seguido pela nosso país. As autoridades não despertam para a necessidade de adotar no Brasil, nem que seja via uma PPP – Parceria Público Privada.

Vejam e compare com o Brasil. Somos país continental, potência mundial na produção e exportação commodities, líder econômico da América Latina, mas temos como opção estratégica equivocada, de fazermos mais de 60% dos nossos fretes via transportes rodoviários. 

Além, de ser caro e arriscado, o transporte rodoviário, tornam as nossas BRs mais perigosa e cheias de caminhões disputando espaços com carros de passeios e ceifando vidas. 

Temos fretes caríssimos e paramos um país por 15 dias, provocando um caos nacional, mas, o Governo continua inclusive testando a paciência do povo, numa política equivocada de aumento sistemáticos dos combustíveis, ao invés de aumentar a nossa produção interna de petróleo, estabelecendo a perversa política, de termos que nos sujeitar a acompanha a volatilidade dos preços internacionais do petróleo e do câmbio, sacrificando o povo e onerando nossos fretes e transporte de massa.

Mas, me causa espanto, nenhum Presidente da República até os dias atuais, nunca tiveram preocupado, com uma política de recuperação de fato e não só em intenções, da nossa malha ferroviária e aproveitamento do potencial intermodal que temos.  

Poderíamos ter no Brasil vias de integrações, entre as diversas formas de transportes viáveis: rodoviário, ferroviário e hidroviário, mas não aproveitamos nem os rios navegáveis que dispomos. 

Eis, mais de um motivo, dos nossos combustíveis caros e da perda de competitividade comercial brasileira, com Portos sucateados, estradas deterioradas e pedágios gravoso.

Como Economistas e cidadão, vou continuar insistindo, para que o Brasil, um dia desperte para necessidade, urgente, de troca do nosso sistema de transporte concentrado no rodoviário, pelo ferroviário e aproveitamento intermodal de cargas, interligando com as diversas formas de transporte, inclusive com nossos rios navegáveis. 

Econ. Ricardo Valério Costa Menezes 
Corecon-RN – 1336

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