Senador Jean Paul-Prates Também se mostra contrário a fusão do BNB.

A exemplo de um artigo de autoria do vice-presidente do Corecon/RN, o Economista Ricardo Valério, que conclama os governadores do Nordeste, a classe política e empresarial, para se unirem numa mobilização suprapartidária, em defesa do fortalecimento dos bancos regionais BNB E BASA.

Os bancos regionais vêm sofrendo com essas ameaças ainda no Governo Temer, e agora, pelo governo Bolsonaro. A ideia de Paulo Guedes, é fundir os dois bancos de fomento regionais ao BNDS.

Diante destas ameaças, o atento Senador Jean-Paul Prates, também revelou em entrevista e depoimento, nesta segunda feira(26), de ser totalmente contrário a ideia absurda de fusão dos dois importantes instrumentos de repasse de créditos aos novos investimentos na regiões Norte e Nordeste.

Vamos a texto do nosso Senador e o vídeo de entrevista concedida sobre o mesmo tema.

 

Jean Paul-Prates condena ideia de fundir Banco do Nordeste ao BNDES

Senador diz que medida aventada pela equipe econômica revela desconhecimento do papel institucional do BNB na região.

 

O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) se opõe à ideia do governo Bolsonaro de promover a fusão do Banco do Nordeste ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme anunciou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista para Anna Ruth, na Rádio Cidade 94 FM, de Natal (RN), na última segunda-feira, 26, Jean Paul disse que a medida é péssima.

“Não agrega nada em termos de custo. O BNB é um órgão autônomo, com baixo custo operacional”, explica Jean Paul, que é economista e advogado. “Suponho que a ideia tenha partido de gente que não conhece a realidade do Nordeste”. De acordo com o senador, o BNDES é um banco extremamente importante, mas que não tem a expertise necessária para operar financiamentos condizentes com a realidade do Nordeste.

“O Banco do Nordeste do Brasil é extremamente eficiente e precisa ser defendido. Ainda que fosse um elefante branco, um órgão que servisse de cabide de emprego, mas isso absolutamente não é um fato e nem condiz com a realidade do país neste século 21”, defendeu o parlamentar.

A possibilidade de fusão entre as duas instituições de fomento é defendida por integrantes da área econômica, mas sua viabilidade é considerada difícil. A aprovação dela pelo Congresso exigiria alteração constitucional. Há uma avaliação técnica de que tanto o BNB quanto o Banco da Amazônia (Basa) não deveriam “competir” com o BNDES, já que os dois bancos do governo federal usam como fonte recursos dos fundos oficiais da Sudam e Sudene sem necessidade de remuneração.

A questão política já despertou a ira de líderes políticos da região. A bancada nordestina no Congresso Nacional tem força para impedir a fusão dos dois bancos. A região tem nove estados, representados por 151 deputados federais e 27 senadores. Atualmente, o BNB tem em seus quadros 7.214 servidores, que têm compromisso com o desenvolvimento econômico e social da região.

Um dos papéis do BNB é garantir microcrédito a pequenos empreendedores da região. Desde os tempos do governo Lula, o banco passou a deter know how e é hoje uma das instituições financeiras com mais experiência da América Latina em microcrédito, com mais de 4 milhões de pessoas beneficiadas.

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