Vice-Presidente do Corecon/RN fala sobre a Reforma da Previdência

Ricardo Valério, Vice-Presidente do Corecon/RN

Ontem quinta-feira (22), o Vice-Presidente do Corecon/RN, o economista Ricardo Valério, concedeu entrevista no Bom Dia RN, da Intertv, filiada a Rede Globo, para a jornalista Michelle Rincon, ocasião em que expressou análises sobre o Reforma da Previdência.

Ricardo disse que a proposta da reforma da previdência social enviada à câmara dos deputados, que vai gerar uma economia de 1.1 trilhões de reais nos próximos 10 anos, precisa sofrer ajustes. Elencou vários pontos que precisam destes ajustes e muita articulação, que o Governo não atropele as discursões no Congresso Nacional, para que as mudanças sejam amplamente avaliadas pela sociedade e a classe política nacional.

O Vice-Presidente fez uma explanação onde trouxe à luz vários pontos de discussões, entre eles a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, tempo de contribuição, regra de transição e os supersalários, principalmente do setor público que pesam muito na hora de fechar a conta da Previdência.

Ricardo chamou atenção ainda, para o que considera um ponto a ser trabalhado pelas bancadas do Norte e Nordeste. Que devem propor mudanças em relação a Previdência Rural, para os agricultores que terão que pagar no mínimo R$ 600 reais, que corresponde a 1,7% do valor da sua produção, independente de que região ele esteja situado, que é inadmissível, ressaltou, se assim for, o Governo não está levando em consideração as fortes diferenças regionais e os impactos das sucessivas secas. Disse ainda que R$ 600 reais para um produtor de soja no Rio Grande do Sul, é desprezível nos seus custos de produção. Mas para um agricultor familiar de Milho ou feijão, do Piauí tem um peso mais elevado. E ainda questionou? “No ano que tiver seca e não houver produção? 1.7% sobre nada produzido é zero. Como esse agricultor de feijão no ano que a seca não deixar ele retirar o feijão nem o auto sustento da alimentação de sua família? Será que com zero de renda ele vai ter dinheiro para pagar sua previdência? Isto, tem que ser revisto, pois as diferenças regionais têm relevância nas políticas públicas e não podem ter tratamento igualitário, num país como o nosso de dimensão continentais”, ponderou o Conselheiro Federal do Cofecon e Vice-presidente do Corecon-RN, economista Ricardo Valério.

“ A Reforma da Previdência, todos concordam que é de extrema necessidade, mas, é preciso uma maior discussão com a sociedade civil, esperamos que o Governo não atrapalhe o diálogo amplo no Congresso Nacional”. Esperançou Ricardo, Vice-Presidente do Corecon/RN.

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