Por Ricardo Valério
O Conselho Regional de Economia do RN, que vem acompanhando desde o inicio da crise dos atrasos dos salários, exalta que é necessário esgotar todas as possibilidades de diálogo, para isto, sabiamente a Governadora Fátima Bezerra instituiu um Grupo Gestor para exercer exaustivamente os debates com as classes e sindicatos representativos dos servidores públicos, afirma o Conselheiro do Corecon-RN, Ricardo Valério Menezes.
Entendemos que as partes, notadamente os sindicatos, devem ter uma postura firme, mas com capacidade de exercer ainda um pouco mas de flexibilidade, pois não existe varinha mágica de multiplicação dos recursos disponíveis em apenas 10 dias, para o governo Fátima Bezerra honrar pagamentos de quase um milhão de reais do passivo dos salários em atrasos.
O Governo está, de fato, imbuído de abreviar os atrasos acumulados que já duram mais de 36 meses seguidos. Mas, é impossível quitar um passivo de tamanha monta sem o provimento de recursos disponível e com pouquíssimo tempo para a tomada das primeiras providências, agora já encaminhada de ajustes das contas públicas.
Um pouco mais de cautela e paciência, são necessárias na reunião que será realizada na manhã de hoje entre o governo e os sindicatos dos servidores, quando o Secretário de Planejamento e Finanças, Economistas Aldemir Freire estará apresentando a proposição de como o Governo pretende fazer o resgate do passivo dos salários em atrasos, quando é evidente que teremos um possível parcelamento proposto, como a única solução plausível, diante do caos herdado pela Governadora Fátima Bezerra.
O mais importante destaca o economista Ricardo Valério, é que exista, finalmente, uma previsibilidade de como os salários, em atraso, serão resgatados e devidamente honrados, quebrando o ciclo que já dura 36 meses de sofrimento para as famílias dos servidores e para toda economia potiguar, que por onde deixou de circular quase um milhão de reais nos festejos de final de ano.
A governadora Fátima Bezerra, já deu demonstrações explícita que busca uma saída negociada, mais que seja exequível de ser cumprida. Dar um crédito de confiança ao Governo do Estado, seria o mais recomendável. Agravar a situação dos hospitais públicos ou da segurança como já foi sinalizado por algumas categorias, com paralizações de advertências, somente sacrifica a população mais carente, ressalta o economista do Corecon, Ricardo.
Ele realça ainda, que a médio prazo será possível o resgate do passivo, pois o FPM está ganhando um reforço em torno de 14% e as arrecadações de janeiro e fevereiro serão boas, vão ajudar na regularização dos salários em atrasos, fora a antecipação dos 4 anos dos Royalties que devem injetar aproximadamente uns R$ 600 milhões, no orçamento do erário. Além da venda da folha aos bancos que devem gerar mais 200 milhões e a possível pactuação dos recursos federais oriundos do Pré-Sal, da ordem de aproximadamente mais 700 milhões, devem contribuir para a justa regularização gradativas da folha em dia dos sagrados dos servidores.
Mas, não podemos nos iludir, pois nosso Estado, por mais que o Governo Fátima Bezerra deseje, vai continuar administrando às dificuldades do enorme déficit fiscal, embora com muito mais habilidade e prioridades para os salários, do que o desastroso Governo de Robinson.
Então, somente sairemos dessa situação com o equilíbrio da nossa Previdências social, responsável por um déficit de mais 100 milhões por mês e a retomada do crescimento econômico para gradativamente o déficit fiscais ir sendo reduzido.
Do lado da contenção dos gastos, as medidas encaminhadas, que foram deflagradas corretamente à calamidade Financeira, que proporciona a permissividade do governo continuar fora do limite prudencial e uma série de medidas de controle de despesas.
A sociedade cobra e espera também, que os poderes legislativo e judiciário continuem com o diálogo aberto, para uma administração mais equilibrada dos seus orçamentos como já iniciaram, agindo em solidariedade ao executivo, assim como as classes patronais e entidades empresárias estão se posicionando em apoio às primeiras medidas da Governadora, em uma espécie de pacto pela Governabilidade do Estado.
Mas, em nossa avaliação, a Governadora escolheu com muito critérios seu Secretariado, com excelentes técnico e gestores experientes, cabendo-nos dar um crédito de confiança ao novo governo, é um mínimo que a prudência indica aos primeiros 180 dias, do Governo do bem intencionado de Fátima Bezerra.