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Nesta segunda-feira (07), em entrevista à Intetv, o economista superintendente do Corecon-RN, Ricardo Valério abordou o aumento da Taxa Selic e os impactos para a economia nacional, notadamente para o mercado imobiliário e o sonho da casa própria. “Segundo a fundação Getúlio Vargas, a cada 2,5% de aumento na taxa Selic, os impactos sobre os financiamentos imobiliários carecem 1% a taxa de juros dos empréstimos para compra da casa própria e isto excluir cerca de um milhão de brasileiros de acesso ao crédito imobiliário. A taxa Selic é importante instrumento de política Monetária do Banco Central, e sobe para buscar controlar o aumento da inflação, numa tentativa do governo de frear o consumo das famílias e enxugar a quantidade de moedas disponíveis para financiamentos. O Brasil se tornou a campeão do Ranking mundial, sendo os maiores juros reais do Mundo descontada a inflação, superando a Rússia, Colômbia, Chile e o México. As expectativas do mercado são aumentos menores nas próximas reuniões do Copom, em março e maio, de mais 1% em cada uma das duas próximas reuniões e se a inflação baixar como é nossas expectativas chegará no final do ano a 5,6% a.a, a Selic deve fechar o ano a 11,75%, devendo cair para um dígito somente em 2023.
Embora o controle da inflação seja prioridade nacional, o Governo deve subsidiar o financiamento para o setor da construção Civil, considerando que o mesmo responde por cerca de 9% da vaga de emprego, ou seja 6,8 milhões de vagas para os trabalhadores e respondem por 9% dos impostos arrecadados. Defendemos que estes subsídios sejam concedidos para investimentos principalmente na construção da casa populares, para redução de déficit habitacional e para estimular o crescimento da economia e das valvas de empregos e renda.
Para que a taxa Selic possa baixar, a inflação tem que ser controlada, assim as atenções se voltam para as votações no Congresso Nacional do projeto 1472, cujo o relator é senador potiguar Jean Paul Prates, seja aprovado, que prever a criação de um Fundo de Compensação para amortizar os impactos dos seguidos aumentos dos combustíveis, via criação de um colchão com essa finalidade. Outra medida que será voltada também no congresso nacional será o zeramento dos impostos federais (PIS/Cofins) sobre os combustíveis e energia por 2 anos, para controlar as subidas dos combustíveis com reflexos imediatos sobre a nossa inflação.