Com as novas projeções da inflação medida pelo INPC de 10,04%, o novo salário mínimo projetado a partir de janeiro 2022, será o maior dos últimos 6 anos, saindo dos atuais R$ 1.100,00 para R$ 1.210,00 um incremento de R$ 41,00 reais em relação ao projetado anteriormente pelo governo para o orçamento de 2022.
No entanto o aumento, não significa que teremos ganhos reais para a cerca de mais de 50 milhões de brasileiros que recebem salário mínimo no Brasil, cerca de 1/4 da população, mas sim somente a atualização do poder de compra, em relação a janeiro de 2021.
Continua valendo a máxima, de que os salários continuam sendo pouco para quem recebe e muito para quem pagar, notadamente para as despesas do Governo Federal, que arcar com os pagamentos de aposentadorias e pensões e dos governos estaduais e municípios, que tem um percentual elevados de trabalhadores na faixa de rendimentos de um salário mínimo.
Segundo o DIEESEL, o salário mínimo constitucional, para ter seu valor real necessário para prover uma família de 4 pessoas, de saúde, habitação, Educação transporte, vestiário, higiene etc, teria que ser Hoje de R$ 5.969,17, ou seja, mais de 5,42 vezes o novo mínimo projetado, para uma família, o que seria inviável à economia e os governos suportar.
O Governo Federal estima, que para cada um real de aumento no Salário mínimo, o erário tem um impacto de R$ 355 milhões de gastos adicionais, assim os governos terão gastos superiores aos R$ 14 bilhões a mais nas previsões orçamentárias em relação as primeiras projeções que sinalizavam um reajuste de um salário mínimo de R$ 1.169,00, reflexos somente dos R$ 41,00 reais acrescidos ao novo mínimo de R$ 1.210,00.
Ricardo Valério
Superintendente Corecon/RN