Sobre a falta de matéria prima, que afetou os preços ao consumidor final, o presidente do Cofecon disse no Jornal da Cultura, no dia 10 de abril, que, os preços poderão voltar, mas isso vai levar algum tempo. “O preço do aço, por exemplo, depende da cotação do minério de ferro no mercado internacional e cotado em dólares. Quando esse preço é internalizado, ele é calculado pelo valor do dólar no mercado doméstico, que cresceu também.”
Para Lacerda, isso desarticulou as cadeias produtivas, as formas de relacionamento entre as empresas e prejudicou o abastecimento de uma forma geral. “Para complicar ainda mais, temos alguns setores que são dominados por oligopólios, poucas empresas controlam o mercado, então isso gera o poder adicional de uma formação e elevação dos preços.” Para ele, o Governo Federal tem nos órgãos reguladores uma ferramenta para fiscalizar as fusões e aquisições que ocorrem entre as empresas, para evitar um aumento da concentração.